terça-feira, 5 de abril de 2011

IFA Industrieverband Fahrzeugbau

IFA (Associação Industrial de Construção Automóvel), era um conglomerado e um sindicato de empresas de construção de veículos na Alemanha Oriental. IFA produziu bicicletas, motocicletas, veículos comerciais leves, automóveis, vans e caminhões pesados. Todos os fabricantes de veículos da Alemanha Oriental, conecidos como Trabant, Wartburg, Barkas, Robur, Multicar, Sansão ou MZ faziam parte da IFA.

Após a aquisição das instalações da Auto Union na Saxônia após o fim da Segunda Guerra Mundial, veículos leves passaram a ser produzidos a partir de 18 empresas do Oeste-saxão, através da criação em 1º Julho 1946 da "Administração Industrial de Veículos”, com sede em Chemnitz , cidade sede da antiga marca Wanderer; também em Dresden onde havia uma fabrica da Audi e em Leipzig onde havia uma fabrica da DKW.

Sob as ordens da Administração Militar Soviética na Alemanha “SMAD-Sowjetischen Militäradministration in Deutschland” a expropriação das propriedades foi agrupada em 65 indústrias estatais.

IFA foi uma destas, a fusão de empresas da indústria automobilística na Alemanha Oriental. Os conglomerados da associação estavam sob domínio do "Ministério de Máquinas em Geral, Máquinas Agrícolas e Equipamentos de Transporte".

A produção do carro IFA foi baseada nos modelos da DKW anteriores à II Guerra em uma fábrica de Zwickau. O modelo era o F8 e possuia um motor de dois cilindros e 684cc e o F9 possuia um motor de três cilindros 804cc. A carroceria do F8 era cópia direta do antiquado modelo pré-guerra, mas alguns tinham carroceria mais moderna como as fabricadas em Stuttgart, na Alemanha Ocidental. Mais de 26.000 F8 e 30.000 F9S foram construídos.


IFA F8


IFA F9S

O desenvolvimento da indústria automobilística na Alemanha após 1945 concentrou-se principalmente no território da Alemanha Ocidental. Enquanto no território da Alemanha Oriental faltavam empresas suficientes para abastecimento, de modo que não se pensava imediatamente na produção de automóveis. Os técnicos começaram com a reparação de veículos e também fabricavam produtos fora de linha da indústria, tais como moinhos, grades em Zwickau, prateleiras de fornos em Zschopau, panelas em Eisenach, machados em Suhl na Turíngia, carrinhos e cestas para batatas em Hainichen.

Uma montadora remanescente da BMW em Eisenach viu seu futuro incerto e criou o lema "a necessidade é a mãe da invenção" lutando contra as dificuldades diárias, alcançou o êxito em 13 Outubro de 1945, adaptada pela “Administração Militar Soviética” (SMAD), a ordem de iniciar a produção de automóveis e motos nesta antiga fábrica da BMW. O primeiro modelo de automóvel o BMW 321 e a motocicletas do tipo R 35 EMW passaram a ser produzidos. Já na Saxônia, a fabricas demoraram um pouco mais, as empresas existentes colocaram-se gradualmente na retomada de produção de veículos quando em 1º Julho 1946, adaptou-se à "Gestão Industrial 19 de Veículos" a IFA Industrieverband Fahrzeugbau, estabelecendo-se como uma “entidade de gestão” para as empresas Saxônicas de indústrias estatais de acessórios automotivos. Com o nascimento da IFA passou-se a fabricar em Zwickau, Zschopau e Zittau os caminhões Horch H3 e o trator Pioneiro; produziu-se também em Leipzig a partir de 1948 os conhecidos de Eisenach (BMW 321 e BMW R 35) e em Zschopau as motocicletas L 60, em Zwickau os modelos DKW F8 e DKW F9.

 BMW 321

BMW 321

IFA F8


IFA F9

Em 1949 viu-se uma exuberante gama de veículos sendo fabricados: os tratores do tipo Solidariedade e Ativista e, no sector dos veículos comerciais, a Granit 27 de Zittau, o Framo de Hainichen e Obus Lowa de Werdau.

Também se pode-se ver os espetaculares itens de Eisenach: carro de corrida de dois litros 341/1 Sportzweistzer de 1955, o P 240 ”Representant” e o Typ RS 1000, ambos de 1969 completam o quadro familiar de Zschopau, a indestrutível RT125 e não esquecer a Harley do Oriente, a lendária AWO 425 desenvolvida a partir de Suhl (DKW).
341/1 Sportzweistzer

P 240 ”Representant”

Typ RS 1000

Nos anos seguintes, a indústria automobilística comparativamente tempestuosa atingiu o seu auge entre os anos de 1955 e 1965. Além dos carros do Typ 311 uma variedade brilhante de 11 modelos com um motor de 1000 cc, também fabricou-se em Eisenach veículos comerciais, caminhões leves, o caminhão médio do tipo Robur e o grande caminhão do tipo IFA W50.
Typ 311

Motor 1000cc

IFA W50

Robur

Após 1965 poucas melhorias apareceriam ainda nos modelos desenvolvidos e que infelizmente, não passariam de protótipos. Poucas empresas da região da antiga Alemanha Oriental têm sobrevivido após 1991, com as mudanças econômicas da unificação.




quinta-feira, 24 de março de 2011

A história dos modelos VEMAG


VEMAGUETE:
Nosso primeiro "carro" nacional, lançado em 1956, era igual à F91 alemã, com a grade de cinco frisos o que lhe rendeu o apelido de "risadinha". Apenas o pára-choque dianteiro com reforço a diferenciava da versão alemã. As duas portas abriam-se para trás, tipo conhecido por "suicida" aqui e no exterior, pela possibilidade de abertura involuntária em caso de colisão frontal e por não impedir, nessa situação, que o ocupante fosse atirado para fora do carro. O acesso à bagagem era feito por duas tampas articuladas nas laterais. O motor de 896 cm³, com potência bruta de 38 cv (líquida de 34 cv) e torque de 7m.kgf, também não tinha alterações em relação ao do mercado europeu. O conteúdo nacionalizado era de 54% em peso. 








A segunda geração, cujas linhas se manteriam sem grandes modificações de 1958 até 1966.
                                                        Vemaguete 1964
                                          Vemaguete 1964
A Vemaguete 1964- 2ª série restaurada, do Sr. Augusto, de Brasília.




           
A última geração-1967, com a grade horizontal, faróis duplos e lanternas traseiras maiores (iguais às do Fissore). A perua 1967 bege a seguir é do Sr. Matos de Brasília também, aliás, equipada com SAXOMAT.


BELCAR, confortável e espaçoso, no primeiro 1958 reparem como as portas traseiras eram pequenas, o recorte não avançava sobre o pára-lama traseiro... e que sobre a tampa do porta-malas havia 4 frisos cromados. O sistema de portas "suicidas" fazia com que as portas da frente e de trás abrissem uma sobre a outra.



BELCAR 1964 ficou mais confortável com o maior acesso pelas portas traseiras, agora o recorte avançava sobre o pára-lama traseiro e, outro detalhe é a ausência dos frisos sobre a tampa do porta-malas. O sistema de portas "suicidas" iria somente até 1965                                                                                                


Este modelo 1965 é do Helio Dacunha,  uma preciosidade, repare na abertura das portas dianteiras.


Abaixo, o modelo 1965 “ultima série”,  veja a nova grade e pára-choques com garras e o aro novolante.


Este é modelo 1966 do qual tive um nas mesmas cores,  que saudade... 


E por fim,  o modelo 1967 com sua marcante grade horizontal,  remetendo a semelhança do Fissore.

FISSORE: 
Fotos do protótipo e sua estréia no Salão do Automóvel.









A seguir,  fotos de um FISSORE 1966 em passeio pela Europa. Ele fez muito sucesso, claro, porque abusava do direito de ser bonito...







Os primeiros modelos exibem diferenças sutis na dianteira e na traseira, em relação aos últimos - em especial na tampa do porta-malas.










O modelo abaixo é o 1967, percebe-se pelas lanternas dos piscas dianteiro e traseiro,  maiores que dos outros anos.








 CANDANGO  1958 - 1962

















Protótipos Especiais,  expostos em Salão, o CANDAGO ARPOADOR e o FURGOMAG não chegaram a ser produzidos e a perua FISSORE, com 4 portas. Infelizmente não ficou pronta a tempo se quer de ser apresentada ...














Para finalizar, o VALMAC 1966, um Belcar Coupe (com apenas duas portas), produzido sob encomenda.

                                                    Belcar Valmac 1966





BELCAR Limusine de 1964 modificado, sem o quebra-vento depois da porta traseira e com teto de vinil.


Além de alguns acessórios oferecidos para o BELCAR....